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Doença de Half - Livraria Florence
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Doença de Haff: o que é e como prevenir

A doença de Haff também é conhecida como Síndrome de Haff ou Doença da Urina Preta, por conta do seu principal sintoma. Ela consiste em uma degradação e ruptura das células musculares, causando graves consequências e podendo levar à morte. 
Seu principal sintoma é a presença de urina escura, parecida com café. A medicina ainda estuda essa doença, mas já sabe que sua transmissão ocorre após a ingestão de alguns tipos de peixes contaminados. 
Mas não se sabe exatamente qual substância causa a doença de Haff. Os infectologistas acreditam que alguns peixes ingerem uma toxina biológica. Assim, ao serem consumidos, passam essa toxina para os seres humanos. 
Essa condição deve ser identificada de forma rápida, pois sua evolução ocorre em pouco tempo, podendo levar à falência múltipla de órgãos. A seguir, saiba mais sobre a doença de Haff, seus sintomas, tratamentos e como prevenir. 

O que se sabe sobre a doença de Haff?

A medicina sabe que essa doença está mais associada ao consumo de alguns tipos de peixes. Isso inclui o peixe olho de boi e o peixe badejo. A origem da toxina responsável por essa síndrome ainda é desconhecida. Acredita-se que esses peixes consomem alguns tipos de algas marinhas com essas substâncias. 
Mas, a forma como o animal é contaminado gera dúvidas na ciência. A principal teoria é que, ao ingerir as algas contaminadas, a toxina fica acumulada na carne do peixe. Ao consumir o peixe, o ser humano acaba contaminado e a toxina atinge sues músculos. 
Existem outras teorias. Entre elas, a de que a toxina é produzida por conta da má conservação dos peixes. E também há a possibilidade de que a contaminação ocorra dessas duas formas. 
Também é possível que essa toxina esteja presente em frutos do mar, mas isso é mais raro. 

Principais sintomas dessa doença 

A doença de Haff apresenta os primeiros sintomas entre 2 e 24 horas após o consumo de peixe contaminado. Os sintomas aparecem, basicamente, por conta da destruição das células musculares e incluem: 
  • Dor forte e rigidez muscular, que aparecem de forma repentina; 
  • Dormência no corpo;
  • Perda da força;
  • Insuficiência renal;
  • Náuseas e vômitos; 
  • Diarreia; 
  • Falta de ar;
  • Por fim, urina escura, parecida com café, podendo chegar a ficar totalmente preta.
Como já falamos antes, a urina escura é o principal sintoma dessa doença. Essa modificação drástica da urina ocorre por conta da liberação da proteína miogobina. Essa substância é tóxica para os rins e é liberada pelo próprio organismo, por conta da degradação muscular. 
Então, a urina escura não é resultado de sangue na urina como muita gente pensa. Outra consideração importante é que a quantidade de peixe contaminado faz diferença. 
Por isso, pessoas que ingeriram uma quantidade menor podem demorar mais tempo para apresentar os sintomas. 

Como é feito o diagnóstico? 

Ao notar a presença de urina escura, é preciso procurar um clínico geral imediatamente. Assim, o profissional vai avaliar os sintomas e solicitar exames para confirmar o diagnóstico. 
Entre os principais exames disponíveis, estão: 
  • Dosagem da enzima TGO (que pode identificar lesões nas células);
  • Exames que avaliam o funcionamento dos rins;
  • Por fim, exame de CPK (enzima que atua nos músculos e seus níveis podem indicar alterações nos tecidos musculares).
No caso do exame de CPK, se a taxa dessa enzima estiver muito elevada, o diagnóstico pode ser confirmado.

Existe cura para a doença de Haff?

A resposta é sim, existe cura, mas ela varia de acordo com a gravidade de cada caso. O primeiro passo para o tratamento é manter o corpo hidratado, seja em casa ou no hospital. Se hidratar é fundamental nos primeiros dias da contaminação pois, assim, é possível diminuir a concentração da toxina no corpo. Assim, a sua eliminação por meio da urina é mais facilitada. 
Além da hidratação, o médico pode receitar alguns tipos de remédios, mas apenas para aliviar os sintomas, incluindo:
  • Analgésicos para aliviar as dores musculares;
  • E também diuréticos para incentivar a produção de urina e assim a limpeza do organismo.
Não existe ainda um remédio específico para a doença de Haff. Como ela consiste em uma contaminação por toxina, é necessário esperar o próprio organismo eliminar a substância. 
No entanto, o médico estar junto é fundamental, pois a contaminação pode ficar descontrolada e prejudicar o funcionamento do corpo. Assim sendo, mesmo não existindo um remédio contra a doença, o tratamento adequado, com outras medicações, pode salvar vidas. 

Complicações causadas por essa condição

Se a doença não for tratada de forma correta, muitas complicações podem surgir, sobretudo em pessoas com alguma comorbidade. 
Se os rins estiverem muito comprometidos, pode ser necessária a realização de hemodiálise, um processo de filtragem do sangue por meio de máquina. A insuficiência renal é a principal complicação da doença de Haff. 
Também pode ocorrer um aumento da pressão arterial em alguma parte do corpo, colocando em risco nervos e músculos, por exemplo. 
Por fim, pode-se interromper o uso de outras medicações que prejudicam os músculos e rins, como anti-inflamatórios. Essa decisão deve ser feita só pelo médico, pois muitas vezes o paciente não pode ficar sem esses medicamentos. 

Como prevenir essa doença? 

É difícil prevenir essa doença, isso porque não há uma forma de identificar a toxina nos peixes. Além disso, essa toxina apresenta as seguintes características: 
  • Não modifica a cor e o gosto do peixe;
  • Não é destruída com altas temperaturas, como durante a fritura, por exemplo;
Dessa forma, a melhor forma de prevenção é evitar o consumo dos peixes olho de boi e badejo. Mas vale lembrar que essa doença é rara e que não é necessário cortar o peixe da dieta. 

Consideração final sobre a doença de Haff

Nos últimos meses, os estados da Bahia, Amazonas, Pará e Ceará tem registrado casos da doença de Haff. O principal estado atingido foi o Amazonas, com 61 casos nos últimos meses. 
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas disse que esse é o terceiro surto da doença no estado. Antes, em 2008 e 2015 o Amazonas também havia registrado uma alta no número de casos. 
No Brasil, o momento mais crítico da doença ocorreu em 2017, quando 71 casos foram identificados na Bahia, 66 em Salvador. 
O maior consumo de peixes nessas regiões favorece a incidência dessa condição. Mesmo assim, ela é raríssima. 
Palavras-chave: doença de Haff
 
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