O livro "Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil", organizado por Marina Gusmão Caminha e Renato Maiato Caminha, reúne a experiência de profissionais reconhecidos nacionalmente em função de suas pesquisas e intervenções clínicas na prática infantil. A obra é voltada para terapeutas que trabalham com crianças e adolescentes e necessariamente orientam pais. Cada psicopatologia ou contexto específico de problema envolve os pais de modo diferenciado e sendo assim, pensar a psicoterapia infantil sem a participação dos mesmos seria algo incoerente. Considerando os pais como participantes significativos da intervenção focada na criança ou mesmo como o foco principal do tratamento, os autores enfatizam as modalidades de tratamento, indicando inclusive os principais protocolos utilizados predominantemente em casos de psicopatologias específicas. No intuito de ampliar os tradicionais limites de uma técnica comportamental nomeada "Treinamento de Pais", os autores buscam atualizar o leitor incorporando-a de modo mais funcional e abrangente ao paradigma das terapias cognitivas, ilustrando capítulos com casos clínicos que explicitam várias modalidades de intervenções focadas nos pais ou cuidadores de crianças e também adolescentes, de modo individual e também grupal. Longe de esgotar a temática ainda pouco aprofundada na literatura nacional, o livro pretende inaugurar a discussão sobre o trabalho com pais numa ótica cognitivo-comportamental, enfatizando a importância da abordagem cognitiva nesse processo que visa as modificações importantes na vida das crianças e de suas famílias.

Sucesso no segmento da Terapia Cognitiva, a obra "A prática cognitiva na infância e na adolescência" reúne autores do Brasil e do exterior que atuam nesse segmento. Publicado pela Sinopsys Editora, a obra ganha uma nova versão, atualizada com novas técnicas de intervenções cognitivas. O livro chega com o intuito de qualificar os profissionais que trabalham na área e estimular novos terapeutas a atuarem nesta sensível fase do desenvolvimento humano. Em um debate recente sobre a TCC infantil, ocorrido no CONCRIAD 2016 na cidade de Campinas, SP, Mark A. Reinecke, Ph.D. da Northwestern University, em Chicago, nos EUA, afirmou que em termos de intervenções protocolares a TCC da infância estaria dez anos atrás do que se tem feito e proposto em termos técnicos e protocolares com adultos. Isso é surpreendente, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatiza que as práticas preventivas e intervenções precoces evitam danos e custos aos sistemas públicos dos países.