Livros de Psicologia

As funções executivas são processos fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional infantil, sendo consideradas habilidades essenciais para a aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática. Investir no incremento das funções executivas na infância torna-se uma ação preventiva cada vez mais adotada em programas de intervenção para crianças em idade escolar. Desse modo, o CENA, através de um programa específico de capacitação de educadores para estimulação das funções executivas em crianças no Ensino Fundamental, contempla uma etapa de psicoeducação para educadores sobre neuropsicologia e sua aplicabilidade no âmbito escolar, assim como apresenta estratégias que podem ser adotadas em sala de aula para estimulação das funções executivas e funções cognitivas relacionadas, como atenção concentrada, memórias e linguagem. O CENA, juntamente com o PENcE - Programa de Estimulação Neuropsicológica da Cognição em Escolares: ênfase nas funções executivas, integra uma coleção de programas de intervenção em neuropsicologia da aprendizagem, denominada NEUROPSI APRENDE. São programas complementares que se diferenciam em relação aos seus objetivos e operacionalização: o CENA apresenta uma proposta de atuação destinada para os educadores; o PENcE se caracteriza por uma abordagem de estimulação de componentes executivos para ser aplicada diretamente com as crianças. Sugere-se, desse modo, primeiramente uma leitura e aplicação do CENA para uma posterior implementação do PENcE. A coleção NEUROPSI APRENDE representa uma das linhas de frente da neuropsicologia escolar, contribuindo para a medição da interface entre neurocognição e educação.

É notável que um livro faça constar, desde o seu título, o elemento que vai ser ali apresentado como decisivo: trata-se de poder reconhecer o autista e a sua voz. Por isso mesmo, poder interrogar a maneira pela qual ele é abordado implica admitir, desde a psicanálise, a inclusão de seu “funcionamento subjetivo singular”. Dessa maneira, será possível escutar o que vem do depoimento de um deles já na introdução do livro: se tem uma coisa que o autismo não é, é uma doença. Para além de indicar a limitação da abordagem do autismo pela educação e pela ciência, neste livro o autor nos conduz a ter de deixar cair o saber constituído como condição de ingresso na aventura de construção da transferência com tais sujeitos.